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A mostrar mensagens de outubro, 2012

Estamos entendidos

As pessoas têm direito a manifestar-se? Sim E a atear fogo na escadaria da Assembleia da República? Não. Então onde podem atear fogo? Simplesmente não podem, mas se isso for um imperativo de consciência que o façam na casa de cada uma delas, se for completamente isolada da do vizinho. Mas isso pode estragar a casa? Naturalmente. Mas podem desnudar-se? Depende. Depende do quê? Da qualidade dos que está debaixo da roupa. Mas despir-se pode ser ofensivo? Pode. Para quem? Para quem está habituado a ver melhor do que aquilo que é mostrado. E para os que não estão? Fica ao critério de cada um. Então pode? Poder pode, mas nalguns casos é melhor ficar vestido. E mandar garrafas à polícia? Nem à polícia, nem a outras pessoas Nem de plástico? Nem de plástico. E se forem de vidro? É melhor jogarem para o vidrão, se estiverem vazias. E se não estiverem? Depende. Do quê? Se vale a pena beber o conteúdo previamente. Mas e se a intenção

Um sábado nas estradas do céu

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Para mim o dia 13 de Outubro de 2012 começou nas margens do Mondego às seis da manhã com o despertador a mandar levantar para encarar o desafio físico mais exigente que alguma vez enfrentei. Tinha à minha espera a prova Granfondo Skyroad na Lousã, recriação de uma etapa de montanha na modalidade de ciclismo. Desafiado por amigos e colegas e sem ter a certeza de conseguir superar os 3500 metros de acumulado de subida numa extensão de 150 quilómetros, decidi enfrentar esta empreitada apesar das muitas dúvidas que tinha se conseguiria chegar ao fim ou se cairia na tentação de me desviar para o percurso do Mediofondo, o qual era mais curto e menos exigente. Eram oito da manhã quando parti no meio de uma pelotão de 800 ciclistas de ambos os sexos, todos brindados com uma espécie de frio glaciar que rapidamente nos gelou os músculos, as articulações e até a alma. O sol estava ainda escondido atrás da montanha com mais de 1000 metros de altitude que sobranceia a bonita vila da

A diferença entre Soares e Churchill

Mário Soares é o político mais político de Portugal e como tal tem coisas boas, satisfatórias, más e muito más. As suas últimas intervenções a propósito do governo, só podem ser rotuladas de muito más e extraordinariamente populistas. O senador socialista é dos poucos portugueses que sabe bem o que é governar com imposições de austeridade derivadas de apoio financeiro externo, uma vez que foi no seu tempo de governante que o FMI esteve em Portugal, assistindo-nos e impedindo-nos de ficarmos numa situação de bancarrota sem dinheiro para pagar as mais elementares obrigações do Estado. Uma vez que tivemos de novo de receber apoio externo porque os mercados deixaram de nos emprestar dinheiro, pela simples razão que não confiam em nós e na nossa capacidade de proceder ao reembolso, Mário Soares sabe bem o que isso implica, mormente porque são-nos e foram-nos colocadas tarefas para cumprir as quais deverão levar ao chamado reajustamento da economia, devolvendo-nos a capacidade d