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A mostrar mensagens de 2013

Porque insistem em diminuir os portugueses?

Eu não acredito em nenhuma teoria da conspiração em relação a Portugal e aos portugueses mas às vezes parece que existe qualquer coisa que nos ultrapassa.  É verdade que hoje não somos uma grande nação, como já fomos antes, daquelas que se sentam à mesa do G8 (nações mais ricas). Não temos petróleo, nem ouro, nem diamantes (mas temos o Alqueva). Não exportamos mais do que importamos. Não produzimos muito e andamos permanentemente em greves e conflitos laborais. Temos uma classe política que nos empurrou para uma situação financeiramente aflitiva e tivemos de receber lições e recomendações de uns senhores estrangeiros que nos vieram meter na linha e ensinar-nos a viver dentro das nossas possibilidades, entre outras coisas. Mas que raio, se há uma nação que ajudou a construir o mundo moderno que somos actualmente, essa nação foi Portugal. No entanto, há sempre um tipo qualquer com direito a umas horas de tempo de antena nas televisões para nos vir reduzir à condição de tri

A política autárquica está divertida

Agora que me reformei da política é que ela ficou divertida, diria mesmo cómica. Se já não bastavam todos os episódios burlescos da campanha eleitoral de norte a sul do país, onde listas independentes albergavam ressabiados partidários e outras candidatos que não fazem a mais pálida ideia o que é uma autarquia, militantes de toda uma vida de um partido a candidatarem-se por outros que sempre combateram, coligações patéticas com partidos inexistentes (como aconteceu em Tavira e não só), promessas de toda a espécie como se não tivessem noção da situação que o país vive, cartazes anedóticos a desafiar a imaginação inimaginável, tudo e mais alguma coisa que se pudesse algum dia imaginar   que existisse, eis então que o pós-eleições é ainda mais verdadeiramente surpreendente.  Não conheço todos os casos mas estes são suficientes para se perceber ao ponto a que isto chegou: Em Portimão o PSD e o CDS tiveram um somatório de votos superior ao PS. Significa, ainda que no plano te

Intervenção de final de mandato

Sr. Presidente Sras. e Srs. Vereadores Esta é a última reunião de um órgão municipal em que participo depois de quase 20 anos em funções autárquicas. Praticamente metade da minha vida foi partilhada com o desemprenho de cargos públicos na Câmara Municipal de Tavira, o que me leva nesta circunstâncias a deixar aqui uma palavra de satisfação e de dever cumprido. Ao longo destes anos fui eleito e nomeado para cargos que me proporcionaram conhecer, intervir, votar e decidir sobre as mais diversas matérias de relevo para o nosso concelho. Fiz desta minha participação um ato de cidadania de quem não fica apenas no lado de fora a comentar e a criticar, mas vem para a vida autárquica dar o melhor de si. Por isso é com orgulho que me refiro a estes quase 20 anos onde muita coisa aconteceu na nossa terra e manifesto a satisfação de hoje termos um concelho melhor do que aquele que tínhamos há duas décadas atrás. Convivi de perto com a realidade de muitos tavirenses, nomead

Os tavirenses merecem saber a verdade

A comunicação política é uma ciência que se estuda e se desenvolve. Por isso há pessoas que escrevem e dizem coisas acertadas e outras que fazem exatamente o contrário. Nas eleições autárquicas a comunicação política toca nos extremos. Há campanhas de comunicação muito boas e eficazes e outras que roçam a anedota e estão bem patentes nas redes sociais, com exemplos verdadeiramente hilariantes. Em Tavira o PS tem uma campanha de comunicação política que está sobretudo centrada em cartazes com um fundo de tonalidades azul e verde, fugindo aos matizes que o PS normalmente usa, o vermelho ou o rosa. É uma forma de não “agredir” e até captar o eleitorado do PSD, algum dele órfão nestas eleições autárquicas, por razões que são conhecidas. As frases escritas nos cartazes transmitem a mensagem que a candidatura quer passar para o eleitorado. E aqui entra o meu reparo, que neste caso concreto é no sentido de mostrar que muito do que se escreve tem uma explicação por trás a qual nã