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A mostrar mensagens de julho, 2011

O óbvio resultado das eleições do PS

Conforme era do conhecimento da esmagadora maioria dos portugueses, António José Seguro veio a confirmar a sua vitória, o que a mim me deixa muito tranquilo e satisfeito. Conforme escrevi aqui, com um PS atado de mãos e pés ao memorando de entendimento com o troika, com o país a necessitar de estabilidade política como pão para a boca e se o actual governo não perder o sentido da responsabilidade e o rumo que necessita prosseguir, os socialistas já têm um bom líder para ficar pelo menos oito anos na oposição. Pese embora a não novidade do vencedor mais do que óbvio, o resultado eleitoral foi muito díspar. Não estava à espera que Francisco Assis fosse derrotado por tanta diferença. A justificação que tem sido dada para a sua má prestação, dá vontade de rir mas talvez tenha alguma razão de ser. Aparentemente Assis era a candidatura que representada o legado de Sócrates e a de Seguro o seu contrário. Se nos lembrarmos que Sócrates foi a eleições internas e a congresso ainda este ano tendo

O mais do que óbvio resultado das eleições do PS

Conforme era do conhecimento da esmagadora maioria dos portugueses, António José Seguro veio a confirmar a sua vitória, o que a mim me deixa muito tranquilo e satisfeito. Conforme escrevi aqui, com um PS atado de mãos e pés ao memorando de entendimento com o troika, com o país a necessitar de estabilidade política como pão para a boca e se o actual governo não perder o sentido da responsabilidade e o rumo que necessita prosseguir, os socialistas já têm um bom líder para ficar pelo menos oito anos na oposição. Pese embora a não novidade do vencedor mais do que óbvio, o resultado eleitoral foi muito díspar. Não estava à espera que Francisco Assis fosse derrotado por tanta diferença. A justificação que tem sido dada para a sua má prestação, dá vontade de rir mas talvez tenha alguma razão de ser. Aparentemente Assis era a candidatura que representada o legado de Sócrates e a de Seguro o seu contrário. Se nos lembrarmos que Sócrates foi a eleições internas e a congresso ainda este ano tendo

Não me conformo (2ª parte)

As recentes declarações do Presidente da Câmara Municipal de Faro e da Comunidade Intermunicipal do Algarve sobre as portagens na Via do Infante serviram a alguns para o transformar no odioso da questão o que é uma manifesta injustiça e safadeza. Mas o assunto está longe de terminar e o próximo episódio é ver dirigentes do PS, aliás já começaram a mostrar o ar da sua graça, a dizerem que afinal são contra as portagens e que as mesmas não deviam ser colocadas, quando ainda há poucos meses encolhiam os ombros. Já ouvi mesmo o Deputado Miguel Freitas dizer que portagens na Via do Infante só depois da requalificação da 125. Ora isto é um embuste, porque as portagens estavam previstas para ter o seu início em Abril passado e só assim não aconteceu porque o governo do PS, por mera conveniência eleitoral, mandou suspender a sua entrada em vigor. Aliás, causa-me vontade de rir ver que a empreitada que devia estar pronta em Abril passado ainda está em curso. Não conheço os prazos mas espero que

Estranha forma de vida

Com cerca de 24 horas de diferença, o mundo foi surpreendido com dois acontecimentos trágicos, cada um com a sua escala e projecção. Num dia um doido fundamentalista norueguês decidiu semear o pânico no centro de Olso, fazendo explodir um carro bomba bem no coração da cidade, junto de edifícios do governo numa praça muito movimentada. Horas depois e não contente deslocou-se uns quilómetros a caminho de uma colónia de férias onde disfarçado de polícia e a pretexto de critérios de segurança na sequência do que se tinha passado, por sua iniciativa, em Olso, tirou a vida a dezenas de jovens seus conterrâneos que participavam num encontro de uma estrutura partidária, neste caso a Trabalhista (uma espécie de Juventude Socialista norueguesa). No dia a seguir, o mundo tomou igualmente conhecimento da morte prematura mas mais do que previsível da cantora Amy Winehouse (nome curioso tendo em conta os seus hábitos de vida). São dois episódios que se lamentam porque ambos trouxeram consigo a morte

Não me conformo

Nunca tive qualquer esperança que o PSD, depois de chegar ao governo, não continuasse o processo de colocar portagens na Via do Infante, até porque foi ele quem de alguma forma ajudou a despoletar a situação, quando nas SCUTs do norte foram introduzidas estas medidas de pagamento pela sua utilização. Sócrates aproveitou na altura a boleia e mandou portagens também para o Algarve. Deu-se então a circunstância, e isso tem relevo para o assunto, de o PS ter perdido as eleições e o PSD ter ganho. Como nos programas nem era feita qualquer referência ao assunto, ficou claro para mim que independentemente de quem viesse a ganhar as legislativas, nós os algarvios íamos gramar com a pastilha de pagar por uma estrada onde uma boa parte dela já foi paga pelos fundos europeus e pelo dinheiro dos nossos impostos. O PS começou por querer vender-nos a história das portagens com uma alegada requalificação da comummente denominada EN125. Participei pessoalmente nalgumas reuniões de desenvolvimento do p

Afinal votei bem

Em Janeiro de 1991 votei pela primeira vez. Eram as eleições presidenciais onde concorriam Mário Soares e Basílio Horta. Ainda com pouca consciência política mas já com manifesta simpatia pelo PSD que nessas eleições não apresentou candidato próprio, se assim se pode dizer tendo em conta que nas presidenciais as candidaturas não são partidárias, votei em Mário Soares. Cavaco Silva na altura tinha dado sinais de proximidade a esta candidatura na medida em que o PSD não patrocinou qualquer outra, depois de um mandato presidencial muito tranquilo do ponto de vista institucional por parte de Mário Soares, contrastando com o que protagonizou no segundo, onde foi a face mais visível da oposição ao então governo social-democrata. Passados uns meses aderi ao PSD, partido onde me encontro inscrito até hoje, com as quotas pagas, e do qual não pretendo mudar, porque não sendo a mesma coisa que ser do Benfica que se é para toda a vida, a verdade é que não gosto do mercantilismo partidário onde um

Choque de Verdade

Os dois últimos primeiros-ministros antes de Passos Coelho, Durão Barroso e José Sócrates, utilizaram um sound-byte semelhante para marcar uma vontade das respectivas governações: os choques. Barroso tinha o choque fiscal, Sócrates o tecnológico. O ex-líder do PSD prometeu em campanha eleitoral uma descida dos impostos como forma de relançar a economia, o consumo privado e a competitividade das empresas. Quando chegou ao governo disse no Parlamento que tinha encontrado um país de tanga e por isso em vez de descer impostos, subiu o IVA. Sócrates virou-se para o choque tecnológico para facilitar a vida às pessoas e para as tornar mais IT friendly . O principal argumento deste choque foi o famosíssimo computador Magalhães, distribuído às crianças nas escolas sob o olhar embevecido do então primeiro-ministro e dos seus colegas de governo. O Magalhães, fabricado por uma empresa cujas dúvidas nunca foram dissipadas, fez sucesso sobretudo nas mãos de Chávez, que numa daquelas sessões para pa

As motas em Faro

Uma declaração prévia: não aprecio motas, não sei andar e não tenho vontade de aprender. Para mim as duas rodas são sem motor, movidas com a força das pernas. As motas gosto de as ver passar, algumas acho autênticas obras de arte pela beleza e sobretudo pela singularidade estética, mas faz-me confusão um veículo que atinge velocidades muito altas, onde a cabeça do seu condutor é o pára-choques. É verdade que elas andam aquilo que a pessoa quiser e tanto voam em cima da estrada como circulam a velocidades civilizadas e de acordo com o Código da Estrada. Posto isto tenho que fazer a vénia ao que é provavelmente o principal evento de cariz internacional que se realiza na magnífica região do Algarve: a Concentração do Moto Clube de Faro. Nunca fui à concentração na medida em que entendo que para ir a um evento daquela natureza é preciso estar imbuído do espírito motard e chegar ao local de mota. Imagino que alguns dos seus visitantes e participantes raramente coloquem o traseiro em cima de

Debate sem história

Vi ontem já fora de horas e em diferido o debate entre Seguro e Assis na SIC Notícias, coisa que pela televisão não voltará a acontecer porque o futuro secretário-geral do PS, o Seguro, tem receio, medo, pavor, que o vejam em debates na medida em que não tem nada para debater. Não consigo ter uma opinião muito concreta do debate por duas razões: a primeira porque me deu uma sonolência terrível ver dois tipos a falar das mesmas coisas de sempre, dos laboratórios de ideias, dos gabinetes de estudos que ninguém sabe bem para que servem, da necessidade de ouvir militantes e simpatizantes e de mais um conjunto de tretas que são ditas em eleições internas em quase todos os partidos. A segunda porque qualquer um dos dois está tão preso a um partido que caiu no descrédito dos portugueses, graças a Sócrates e aos que lhe seguiram no rumo de deixar Portugal de pantanas, que qualquer coisa que digam soa a anedota de alentejanos. Logo por ali nada de novo e é bom que se vão habituando a um longo p

Crimes para todos os gostos

Onde se vai notar cada vez mais os efeitos da situação de crise que se vive em Portugal, é na segurança ou neste caso na falta dela. Todos os dias são-nos presentes novas notícias de criminalidade organizada e cada vez mais violenta. O Algarve é uma das regiões onde isso se vem notando, com particular incidência para a cidade de Albufeira. Não haverá dúvidas em relação à preocupação dos responsáveis mas o que se vê é um aumento do estado de insegurança. Hotéis assaltados a meio da noite, casas particulares e lojas devassadas à luz do dia, caixas multibanco arrancadas das paredes, turistas agredidos e roubados, enfim um cardápio de crimes que se vem notando no país, mostra que algo não está bem. A criminalidade está associada aos factores de incerteza e de falta de soluções com que algumas pessoas se confrontam e também a algum estado de desespero. Porém, a constatação que as forças de autoridade estão confrontadas com dificuldades de operacionalidade, leva a que o terreno para o crime,

Os debates nas eleições do PS

Na imprensa deste fim-de-semana vem a constatação do receio que Seguro tem de debater com Assis. É natural, quem não tem ideias não tem condições de ir a debates, porque lá não é suposto falar-se do estado do tempo nem de gastronomia. Ali fala-se de ideia, projectos, do passado, do presente e do futuro. Quem quer ser líder de um partido não pode fugir a isto. É o mínimo. Seguro entretanto lançou um livro que está à venda nos hipermercados do país o qual deve ser uma bíblia de banalidades a que ele e os seus apoiantes supostamente chamam ideias para o futuro. Bem sei, Pedro Passos Coelho também escreveu um livro. Admito que se pense a mesma coisa do líder do PSD. Daí talvez o método: editar um livro para chegar a primeiro-ministro. Se isto fosse assim tão linear, a Margarida Rebelo Pinto já estava cansada de nos governar. É cada vez mais óbvio que Seguro é o próximo líder do PS e isso deixa-me feliz. Com ele a hibernação socialista no degredo da oposição será bem longa se Passos Coelho

A falência dos regimes

Os dois principais regimes antagónicos têm entre si uma semelhança enorme, o que nada faria esperar. Todos dois seguem os melhores propósitos mas ambos acabam por se revelar destrutivos e altamente perigosos. A razão é simples: a sua principal vítima, quando algo não corre bem é o povo, nomeadamente os mais fracos e desfavorecidos. Uma das características do comunismo é não haver liberdade de expressão. Tudo o que é divulgada é previamente visto, revisto e autorizado pelos donos do regime. Sendo assim o povo só escuta, vê ou lê aquilo que lhe é posto à frente e não tem possibilidade, sem correr riscos, de escutar, ver ou ler outra coisa diferente. Como tal vive numa ilusão, num mundo que lhe é mostrado mas o qual está longe de ser o real. No capitalismo a informação é uma dos factores mais preponderantes. Ela circula em fracções de segundo e chega de uma ponta a outra do planeta em breves instantes. Porém nem sempre é verdadeira e nalguns casos também nos mostra uma realidade distorcid

O Assis tem razão

O candidato a secretário-geral do PS Francisco Assis, deu uma entrevista à Rádio Renascença de onde se pode retirar um excerto que é uma autêntica pérola de verdade em relação à forma de estar e de governar dentro daquilo que Sócrates chamava a esquerda moderna. Assis acha que seria esquizofrénico o PS governar sob as orientações determinadas pela troika, cujo partido anuiu, porque as mesmas são uma violência para aquilo que considera ser a matriz ideológica do PS. Esmiuçando melhor a coisa. O documento de orientação determina um conjunto de acções que depois de concretizadas levarão Portugal a cumprir com o dever de reembolsar o financiamento que evitou a bancarrota. Contém, portanto, medidas de austeridade e rigor e esses não são os padrões de boa consciência do socialismo moderno. Os padrões do socialismo moderno são gastar o que há e o que não há, de preferência à tripa forra, numa lógica de fartazana enquanto dura e que no fim alguém feche a porta, neste caso pague a factura. Isto

RTP: privatize-se rapidamente de preferência amanhã.

Por mera brincadeira pode-se dizer que a melhor maneira de acabar com a despesa do Estado é acabar com o próprio Estado. Há anedotas mais engraçadas. Esta tem pouca piada. Porque a verdade é que o Estado tem de existir a partir do momento em que existem pessoas e necessidades a suprir. O que é necessário fazer é tornar o Estado mais racional e eficiente, concentrando as energias no fundamental em detrimento do acessório, ou seja, menos Estado mas melhor Estado. Assim, matérias como a Educação, a Segurança, a Defesa, a Justiça, a Saúde, o Ordenamento do Território, o Ambiente, entre algumas outras mas não muitas, têm de ficar debaixo da alçada do Estado como forma de garantir o normal funcionamento das instituições e a organização da vida das pessoas em sociedade. A questão que coloco é se faz sentido o Estado ser dono de um canal de televisão o qual é um sorvedouro de recursos financeiros, nomeadamente impostos dos contribuintes. Na minha opinião, nos dias que correm, não faz. A RTP qu

O nosso destino é pagar impostos

Durão Barroso, José Sócrates e Pedro Passos Coelho. O que há em comum entre estes três homens? Prometeram uma coisa em campanha eleitoral e fizeram outra. É a triste sina da política portuguesa. Barroso com o seu choque fiscal, Sócrates com o aumento do IVA e Passos com o corte no subsídio de Natal. Dir-se-á que só o fizeram porque tinham mesmo de o fazer para evitar situações de ruptura orçamental. Talvez. Mas semanas antes tinham estado a dizer aos eleitores que não o fariam e daí a indignação. Eu que já acredito em quase tudo, só me resta concluir que o descaramento não tem mesmo limites. Perante isto só vejo uma solução: que a mentira dê perda de mandato. Explico melhor. Um candidato a primeiro-ministro faz um conjunto de promessas aos eleitores. Para isso servem os programas eleitorais. Pois bem, deviam ser obrigados a fazer apenas o que vem escrito nos programas e os mesmos não poderiam conter generalidades nem banalidades como foi bom exemplo o do PS nas últimas eleições. No doc