O futebol é para homens



O futebol não é desporto para senhoras e se algumas jogam é para chatear os namorados ou os maridos.
Isto para mim é factual. Não confundir com o gostar de futebol. Hoje nos estádios portugueses, das pouquíssimas pessoas que se encontram lá, algumas são mulheres que gostam de ver ao vivo e a cores as pernas dos jogadores ou os seus abdominais vincados quando levantam as camisolas para festejar os golos. Estão habituadas em casa a barrigudos e precisam de vez em quando alegrar as vistas. É uma atitude fisiológica e compreensível.
Regra geral, com honrosas excepções, elas pensam que um fora de jogo é um jogador que saiu das quatro linhas e foi ao balneário fazer xixi ou então recomendar ao Jorge Jesus que mastigue a pastilha de boca fechada. Como tal, o futebol é naturalmente, efectivamente e comprovadamente um desporto para homens. E sendo para homens é para jogar à bruta porque se não fosse assim não nos nascia pêlos na cara e não os cortávamos à navalhada.
Este preâmbulo serve para explicar que o lance que há duas jornadas atrás se viu no jogo do Sporting de Braga-União de Leiria, em que um defesa da equipa da cidade do Lia acaricia com os pitons das suas botas o queixo de um adversário bracarense, é tão somente uma manifestação de virilidade que tanta falta faz ao desporto rei e não uma agressão. É verdade que desde que o Paulinho Santos se reformou e o Bruno Alves foi tratar da vidinha para a Rússia, o futebol português tem estado muito morno, muito sem sal, porque não dizer meio amaricado. Longe vão os tempos em que o Paulinho Santos fracturava com requintes de kung-fu os maxilares ao João Vieira Pinto ou que o Bruno Alves cravava os joelhos ou mesmo os pitons nas costas do Óscar Cardozo. Isso sim eram factuais exercícios demonstrativos da virilidade com que o futebol deve ser jogado. Quem não tem saudades desse tempo, a começar pelo Pinto da Costa?
Como tal, acho que a polémica criada à volta desta jogada que referi, serve apenas para desacreditar o futebol e transformá-lo numa espécie de jogos florais. Digo mais, o árbitro fez mal em assinalar falta contra a União de Leiria. Ele devia era ter expulso o jogador do Braga por ter desviado ligeiramente a cabeça para trás, não permitindo que o adversário lhe acertasse na testa. É que na zona do queixo e do pescoço não é a mesma coisa e não serve de exemplo para os jovens que querem ser futebolistas observarem o verdadeiro brilho da modalidade.
Sejamos claros, precisamos em Portugal de um futebol onde o público possa vibrar com as faíscas dos pitons a bater no osso. Caso contrário ainda nos arriscamos a ver o José Castelo Branco como ponta de lança e capitão da selecção nacional.
Uma última nota para dizer que hoje ee dia não se metem fotografias debaixo da porta do balneário do árbitro a meio do jogo, como aconteceu nesse dia. Pega-se nessas fotografias e publica-se no mural do Facebook do árbitro. Temos que viver de acordo com os tempos que correm.

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